Um problema com difícil forma de detecção, mesmo atingindo cerca de 20% da população do País, e que faz parte do crescente grupo das chamadas doenças do século - impulsionadas por maus hábitos -, a colelitíase, ou pedra na vesícula biliar, afeta quatro mulheres para cada homem. O principal fator de risco é a alimentação desequilibrada, com muita gordura e poucas fibras. Mas as mulheres têm outro agravante: as questões hormonais.
“Principalmente mulheres com mais de 40 anos, que tiveram muitos filhos e estão acima do peso”, diz o gastroenterologista André Siqueira Matheus, da Universidade de São Paulo (USP). Ele enumera a regra dos “quatro Fs” para citar os fatores de risco: female (mulher), forty years old (40 anos), fat (obesa) e fertile (que teve grande número de gestações).
“A dieta da população ocidental é baseada em muita gordura animal - carne vermelha, leite e derivados”, explica o gastroenterologista do Hospital Albert Einstein Vladimir Schraibman. Esses alimentos são riscos em colesterol que, em excesso, podem levar à formação do cálculo na vesícula.
Segundo Schraibman, todos os dias são feitas 5 mil cirurgias do tipo no Brasil. Mas o número de pessoas que sofre do problema é maior, pois 70% dos casos não apresentam sintomas - a doença é detectada quando a pessoa vai tratar outro mal.
Sintomas
Quanto apresenta sintomas, o paciente sente dor do lado direito e embaixo das costelas e o estômago pesado. As dores podem vir acompanhadas de náuseas e vômitos. Os sintomas ocorrem principalmente após uma refeição com excesso de gordura. Se não for tratado, o cálculo pode obstruir canais que levam a bile ao intestino, provocando dor e icterícia. Se chegar ao pâncreas, causa inflamação que pode matar.
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