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Sempre trabalhadora e silenciosa, a vesícula é onde fica armazenada a bílis, um líquido esverdeado, amargo e viscoso, secretado pelo fígado e que, por meio de sistema próprio de canais, é levado ao duodeno, participando, de modo importante, da digestão. Mas, às vezes, por uma disfunção orgânica, ocorre uma alteração na fabricação da bílis, precipitando a formação de cristais, que, pouco a pouco, vão aumentando de tamanho e dão origem aos chamados cálculos biliares. A maioria das pessoas que têm cálculos não apresenta sintomas. Apesar de a cirurgia laparoscópica ser muito disseminada, ela só é indicada em determinados casos. Qual é a evolução dos cálculos biliares assintomáticos? A freqüência dos sintomas e complicações dos cálculos biliares descobertos por acaso é relativamente pequena. De modo geral, quem tem cálculo biliar nunca apresentará sintomas ou complicações decorrentes de cálculos assintomáticos na vesícula biliar. Mesmo assim, vários pesquisadores vêm tentando estabelecer quais pacientes poderiam apresentar problemas biliares ao longo de sua vida. Até onde se sabe, não parece haver relação entre sintomas e idade, sexo e número de cálculos. Portanto, até o momento, há o consenso de que a evolução dos cálculos que não apresentam sintomas é benigna e não requer intervenção.
Qual é a evolução dos cálculos biliares sintomáticos? Por outro lado, uma vez que os cálculos causam sintomas típicos de doença biliar, o risco de persistência destes problemas é relativamente alto. Além disso, a maioria das complicações da doença calculosa biliar é precedida de um ataque de cólica biliar. Portanto, uma vez que o paciente tenha apresentado cólica biliar, a tendência é que estes episódios se repitam até culminarem em alguma complicação, caso nada seja feito. Como a cólica biliar se manifesta? A principal queixa dos pacientes que apresentam sintomas é a cólica biliar. A maioria dos clínicos concorda que a cólica biliar - o sintoma mais característico do cálculo de vesícula - não é um nome adequado, pois a dor não é do tipo cólica. Ao contrário, é uma dor contínua e muito intensa na parte superior do abdômen, e durante a qual se alternam períodos de piora e de melhora. Esta dor dura de 15 minutos até horas e é comumente acompanhada de náuseas e vômitos. Evolui, freqüentemente, sem fatores precipitantes. O intervalo entre os episódios pode variar de dias a meses ou até anos, e, raramente, sintomas diários podem ser atribuídos aos cálculos de vesícula. A cólica biliar deve ser diferenciada de sintomas inespecíficos que caracterizam a dispepsia funcional. Gases, azia, desconforto abdominal, intolerância a alimentos gordurosos são queixas freqüentes nos consultórios. Entretanto, ocorrem tanto em pacientes com cálculos quanto em pacientes sem cálculos de vesícula. Esta diferenciação é fundamental para o sucesso do tratamento, já que este só é indicado para a cólica biliar. No episódio de cólica biliar sem complicações não são detectadas alterações nos exames laboratoriais. O principal exame para confirmar o diagnóstico de cálculo na vesícula é a ultra-sonografia abdominal. Quais as principais complicações do cálculo biliar? Quando o quadro persiste por mais de seis horas, a suspeita de colecistite aguda deve ser afastada. A maioria dos pacientes com colecistite aguda tem episódios prévios de cólica biliar.
Sempre trabalhadora e silenciosa, a vesícula é onde fica armazenada a bílis, um líquido esverdeado, amargo e viscoso, secretado pelo fígado e que, por meio de sistema próprio de canais, é levado ao duodeno, participando, de modo importante, da digestão. Mas, às vezes, por uma disfunção orgânica, ocorre uma alteração na fabricação da bílis, precipitando a formação de cristais, que, pouco a pouco, vão aumentando de tamanho e dão origem aos chamados cálculos biliares. A maioria das pessoas que têm cálculos não apresenta sintomas. Apesar de a cirurgia laparoscópica ser muito disseminada, ela só é indicada em determinados casos. Qual é a evolução dos cálculos biliares assintomáticos? A freqüência dos sintomas e complicações dos cálculos biliares descobertos por acaso é relativamente pequena. De modo geral, quem tem cálculo biliar nunca apresentará sintomas ou complicações decorrentes de cálculos assintomáticos na vesícula biliar. Mesmo assim, vários pesquisadores vêm tentando estabelecer quais pacientes poderiam apresentar problemas biliares ao longo de sua vida. Até onde se sabe, não parece haver relação entre sintomas e idade, sexo e número de cálculos. Portanto, até o momento, há o consenso de que a evolução dos cálculos que não apresentam sintomas é benigna e não requer intervenção.
A dor da colecistite aguda é mais prolongada, pode se localizar mais precisamente sobre o lado direito do abdômen superior e se associa à febre. Na presença de colecistite aguda, a parede da vesícula biliar encontra-se espessada no exame de ultra-som. Uma vez que a vesícula torna-se inflamada, sinais de infecção e elevação das enzimas hepáticas aparecem nos exames de sangue. Em alguns pacientes, os cálculos podem escapar da vesícula. Se forem pequenos, podem passar direto dos canais biliares para o intestino, saindo nas fezes. Se forem um pouco maiores, podem se alojar nos canais biliares, causando complicações, como icterícia, colangite ou pancreatite. A obstrução da passagem da bílis resulta em icterícia (cor amarelada da pele e da parte branca dos olhos) e coceira. Cálculos no canal biliar principal são freqüentemente associados à infecção, resultando no grave quadro de colangite aguda, que se caracteriza por cólica biliar, icterícia, febre e calafrios, necessitando de tratamento urgente. A pancreatite aguda (inflamação do pâncreas) também pode ser causada pela passagem de cálculos pelo canal biliar. Alguns especialistas recomendam a retirada da vesícula com paredes calcificadas (também chamada vesícula em porcelana) pelo risco de desenvolvimento de câncer de vesícula. Embora cálculos grandes (maiores que 3 cm) possam ser associados a câncer de vesícula, a sua retirada profilática ainda é controversa. Qual a melhor opção terapêutica? Há o consenso de que cálculos assintomáticos não devem ser tratados. Apenas os cálculos sintomáticos ou com complicações e a vesícula calcificada devem ser tratados. As opções incluem a cirurgia (colecistectomia), a dissolução ou fragmentação dos cálculos. A colecistectomia é o único tratamento definitivo. É uma cirurgia simples e segura, e indicada para a maioria dos pacientes com cálculos. Atualmente, a colecistectomia por via laparoscópica facilitou o procedimento com um menor tempo de internação, menor número de complicações e retorno mais rápido do paciente para a sua rotina. É por esta razão que a colecistectomia passou a ser escolhida pela maioria dos pacientes com cálculos de vesícula. Entretanto, em cerca de 5% dos casos e na presença de complicações, a colecistectomia convencional pode ser uma opção melhor. O tratamento não-cirúrgico é reservado aos pacientes que não querem se submeter à cirurgia ou que tenham um risco cirúrgico muito alto. É importante ressaltar que tanto a dissolução quanto a fragmentação dos cálculos não são procedimentos definitivos. Como a vesícula não é removida, os cálculos podem, com o passar do tempo, reaparecer. Os cálculos presentes nos canais biliares podem ser removidos através de um exame endoscópico, chamado colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (CPER). Este exame pode ser realizado antes, durante ou depois da colecistectomia. Os sintomas podem persistir após a colecistectomia?
A persistência de sintomas após a colecistectomia deve ser observada e discutida com os pacientes antes de submetê-los à cirurgia. Muitos médicos costumam indicar a colecistectomia ante a ocorrência de sintomas inespecíficos, como intolerância a alimentos gordurosos, gases, eructação, azia, náuseas. Embora alguns pacientes possam melhorar destes sintomas após a cirurgia, vários estudos demonstraram que estes podem estar presentes na presença ou na ausência de cálculos biliares, e, portanto, não são específicos da doença biliar. Realizar uma colecistectomia apenas para ver se estes sintomas melhoram não é recomendado. Além disso, a colecistectomia não é um procedimento inócuo, podendo levar a outros sintomas como a diarréia pós-colecistectomia. Pelo grande espectro de apresentação clínica, pela possibilidade de melhora de alguns pacientes e pela facilidade proporcionada pela colecistectomia laparoscópica, a cirurgia poderia até ocasionalmente ser indicada em pacientes com este tipo de sintomas, desde que estes sejam intoleráveis, tenham investigação negativa para outras causas, ou o assunto tenha sido discutido previamente com o paciente e o mesmo tenha aceitado a possibilidade dos sintomas não serem aliviados pela cirurgia.