Veja a história de Amanda:
Olá meus amores!
Sei que me ausentei durante esse tempo do blog mas posso dizer que foi por uma boa causa, e por isso eu vim explicar certinho o que aconteceu. No dia 04 de Março, após o Miss Paranaguá, eu fui jantar e pela madrugada senti um aperto no peito e falta de ar, coisa que estava se tornando frequente no último mês, e durante o decorrer da semana foi piorando.
1º Ida ao Hospital: “É só gases”
Na sexta-feira de madrugada desta mesma semana do Miss Paranaguá, acordei de madrugada com muita dor, além do normal das últimas semanas, então tomei um Paracetamol e esperei passar, como estava fazendo das outras vezes, mas em vez de passar, o aperto no peito e a falta de ar só aumentava. Então não teve como, as 03h00 acordei minha mãe e pedi pra irmos ao hospital.
Chegando lá, eu já fui atendida. O médico me examinou, apertou ali, apertou aqui, perguntou aonde estava as dores e no final ele disse: “Isso provavelmente é gases Amanda, você vai tomar um medicamento aqui e pode ir pra casa”.
Tomei remédio direto na veia e um Luftal que deram (mas que gosto horrivel). A dor passou e eu fui pra casa.
2º Ida ao Hospital: “Amanda, você está com pedra na vesícula!”.
No dia seguinte, eu não acordei bem, estava como se fosse com um enjoo, uma azia, sem falar do mal humor imenso que ninguém aguentava. Então, como minha mãe não iria fazer almoço eu comprei um Subway, sim, UM SUBWAY DE FRANGO RANCH. Cheguei em casa, comi, e fui dormir.
Acordei com uma dor, como se fosse uma pontada na barriga, é essa dor foi aumentando, e aumentou tanto que ficar deitada estava impossível, o que aliviava era ficar sentada e encolhida. Comecei a falar pra minha mãe que precisava ir novamente ao hospital, que a dor estava insuportável e eu não estava conseguindo respirar, parecia que alguém estava me apertando muito forte.
Chegando ao hospital o médico me mandou fazer um Raio-X. Quando fui fazer, o rapaz pediu pra eu deitar, e eu comecei a chorar na hora de levantar pois não tinha como, a dor estava enorme, e ele começou a perguntar “O que foi moça?” E eu só disse que era por causa das dor. Sai dá sala meio mancando é bem curva, a dor estava enorme.
Não apontou nada, somente o vendido dos Gases. Então, o médico não satisfeito, mandou eu fazer uma ecografia e um exame de sangue e, durante esse tempo, tomar medicamentos na veia pra dor.
Na ecografia foi apontada as pedras, pareciam um colar na minha vesícula, por isso eu estava com tanta dor, o excesso de comida gordurosa durante os últimos anos estavam ali, me fazendo passar por uma dor horrível.
Voltei pra enfermaria e minha mãe foi conversar com o médico e ele insistiu pra me deixar internada, mas acabei sendo liberada após de terminar de tomar o medicamento pois eu estava com uma infecção e não poderia ser operada até melhorar dela.
A Procura de um Médico
E então, começamos a procurar um médico para realizar a cirurgia. Comecei a perguntar indicações pra quem eu confiava e indicaram um médico. Marcamos consulta na mesma semana, já que eu queria realmente fazer logo a cirurgia e levamos os exames que tínhamos: ecografia e exame de sangue.
Fomos super bem atendidas, ele analisou os exames e me explicou como seria a cirurgia. Seria realizado a Videolaparoscopia, cirurgia por vídeo, onde seria realizado 3 furos e um corte e a cicatriz não ficaria aparente. Ele passou mais dois exames pra fazer: Raio-x do toráx e um novo exame de sangue (e põe exame) além de ir conversar com a anestesista.
A Dieta
Claro que, depois de receber tanta informação em menos de 4 dias eu tive que mudar meus hábitos alimentares e confesso que no início foi a pior parte! Cortar alimentos que eu vivia comendo como: Frituras em Geral (Batata Frita, Coxinha, Quibe), Refrigerantes (Coca-cola principalmente), Carne Vermelha, Chocolate (Meu Canole), Café, Leite. Passei praticamente 2 meses (sim, contando com o pós operatório), comendo Canja de Galinha, Arroz, Frango Grelhado e Peixe ensopado (tudo com o mínimo de tempero). Foi o mês a base de suco e água, sofri, mas aprendi.
Marcada a cirurgia: 30 de Março de 2017
Marcamos uma consulta com a anestesista, e ficamos 30min no consultório, onde ela explicou que ela induziria meu sono e eu levaria anestesia geral além de fazer testes e verificar meus exames para ver se não haveria nenhuma restrição. Após essa consulta, voltamos ao consultório e a data da cirurgia foi marcada: 30 de Março, às 09h30, deveria estar no hospital para ser internada e realizar a cirurgia. Naquele momento, eu fiquei tão aliviada, pois não aguentava mais comer comida sem gosto e ficar com dor se eu saísse um pouquinho da linha.
O dia da cirurgia
Me digam: quem não fica nervosa por saber que tera que fazer uma cirurgia?
Eu acordei aquele dia as 07h30 da manhã, arrumei minha malinha para o hospital, tomei um banho e um cappuccino e eu e minha mãe seguimos para o hospital. Depois de assinar toda a papelada, fiquei esperando até as 10h30 para a enfermeira me chamar e dizer que eu iria direto para o centro cirúrgico. Na porta, me despedi da minha mãe e entrei sozinha, com um gelo na barriga pensando “por que isso tinha que acontecer comigo?”.
A moça mandou me trocar e foi por o soro no meu braço, mas como minha veia era fina ela não conseguia encontrar nenhum acesso, então ela colocou por cima do ossinho do pulso e juro, vi estrelas ali mesmo, comecei a chorar de dor e ela começou a dizer que “tinha que ficar ali mesmo”. Fui caminhando até a sala da cirurgia e lá já estavam o Dr. e a Anestesista me esperando. Enquanto me preparavam para a cirurgia, eles ficaram conversando comigo, o Dr. me perguntou com quem eu tinha vindo e que após a cirurgia iria falar com minha mãe, a anestesista ficou fazendo carinho em mim, fiquei mais calma e ai eu apaguei.
Sai do centro cirúrgico era 15h30, e não conseguia nem abrir o olho – péssima essa sensação – além de estar sem força. Minha mãe estava no quarto me esperando e então ela começou a conversar comigo e me fazer carinho. Após isso chegaram algumas visitas e alguns familiares da minha colega de quarto – que realizou a mesma cirurgia que a minha.
Minha mãe conseguiu ficar no quarto comigo até as 20h00. E a noite foi bem complicada pois como eu tenho a veia fina, o acesso a veia estava incomodando, fazendo com que o medicamento não entrasse na quantidade adequada, então tive que pedir para trocarem, pois estava sentindo muita dor.
Fiquei um dia inteiro sem ingerir absolutamente nada, nem água. No dia seguinte minha mãe foi ao hospital para poder me dar banho e recebi alta no período da tarde.
Primeira semana de recuperação.
Posso dizer que foi bem complicado, afinal eu estava precisando de ajuda pra tudo: levantar, deitar, sentar, comer, andar, tomar banho. Não conseguia ficar tempo sentada demais porque os pontos incomodavam, dava dor nas costas, minha pressão descia quando eu levantava pela manhã e eu tinha que ficar andando com um pote de sal pra não cair.
Passava a maior parte do tempo deitada, tomava 2 remédios por dia: um antibiótico e um pra dor além de trocar o curativo de um dos cortes depois do banho. Meu cabelo embolou todo porque eu não conseguia lavar todo dia é ficava deitada muito tempo.
A alimentação eu comecei como sopa, peixe ensopado, e aí fui acrescentando comidas como arroz, feijão, temperos. Como também sou apaixonada por doce, minha mãe comprou picolés pra eu tomar depois do almoço para que fosse uma comida diferente.
Detalhe: eu ficava com a mão em cima da região do umbigo porque ficava com medo dos pontos abrirem (bobeira minha, eu sei). Me estressada com o peso do celular, tablet, qualquer coisa que eu segurasse e não conseguia rir ou espirrar.
A invasão da Barata.
No final do primeira semana, no 7° dia de recuperação, eu já estava bem, levantando dá cama sozinha, andando sozinha pela casa – se encostando pela parede, conversando e comendo melhor.
Então eis que estou, linda e formosa, deitada na cama pegando no sono. Eu moro no terceiro andar em um condomínio, e eles fazem controle de pragas e meu quarto estava todo fechado.
De repente senti umas patinhas caminhando no meu braço, então acordei. Mas como passou, achei que tinha sido só uma sensação. Quando sinto na perna.
Dei um grito enorme, acabei contraindo o abdômen e chutando o ar e nisso, minha mãe veio correndo e disse “O que foi?” e eu chorando disse ” Tem um bicho aqui!”. Foi aí que ela viu na minha cama, puxou meu lençol e disse que era uma barata.
Ela começou a espirrar veneno, e a barata voltou pra cima de mim, e eu comecei a chorar mais ainda. Entao, a minha mãe decidiu me mudar de quarto, pois eu estava nervosa e com muita dor, pelo menos até ela matar a – bendita – barata.
Naquele momento, regredi uns 2 dias dá recuperação. Parecia que meus pontos tinham arrebentados, não conseguia respirar, chorava, sentia mais dor e chorava por sentir mais dor. Depois de um tempo minha mãe conseguiu matar a barata e fez um chá de camomila pra eu me acalmar e conseguir dormir.
Não dormi nada naquela noite, fiquei com muita dor, e não passava com nenhum remédio – nem os que ele havia receitado e olha que era forte.
Claro que agora nós lembramos e damos risada, mas na hora foi desesperador.
13 dias do pós operatório: remoção dos curativos.
Confesso que fiquei muito feliz pois minha cicatrização foi rápida, não tive nenhum problema com os curativos, mas estava extremamente feliz por saber que estava chegando o dia de remover os curativos.
Dos 5 cortes que levei (que foram entre 0,5cm e 3cm), 4 os pontos eram absorvidos pela pele e ficavam com um microporo por cima e podia molhar sem problema que não havia necessidade de trocar, e o ponto do abdômen era uma gase com microporo para segurar, que devia ser trocado a cada banho, foi um ponto feito como interno.
Cheguei no consultório e ele já nos atendeu. Ele me perguntou sobre os sintomas que são comum as pessoas terem – coisa que eu não tive, graças a Deus e aos cuidados dá minha mãe, contamos sobre a barata (sim, e o médico só sabia olhar pra minha cara e rir) e então ele me examinou, viu se eu havia ficado com alguma sequela e viu os curativos.
Ele removeu todos os curativos e na hora parecia que tava faltando algo, de tão acostumada que eu estava. Daí ele passou um produto pra limpar a cola dos microporos, já que havia ficado um bom tempo colado. E recebi alta e fui liberada de comer o que eu quisesse.
Testando os alimentos
Fiquei quase 2 meses sem comer gorduras e doces. Então, era hora de testar quais alimentos meu organismo estaria aceitando ou não, já que o órgão que provessava a gordura já não existia mais.
Para que tudo ocorresse bem, os alimentos que eu queria testar, eu testava em casa, pois se eu passasse mal tinha quem me socorrer. Então descobri que:
Não posso tomar café de jeito nenhum! Me dá muita azia e dor no estômago.
Chocolate em excesso me faz mal.
Gordura – de qualquer jeito – em excesso me dá azia e soluço.
Refrigerante me da azia.
Carne vermelha só posso comer um pedaço pequeno, mastigar bem, e mesmo assim as vezes se faz mal.
Tem alguns alimentos que eu ainda não testei, pois estou tentando me reacostumar aos poucos, e além do mais, tem alimentos que não tem o mesmo gosto que antes, exemplo: Oreo. Não consegui comer Oreo, bolacha que eu era apaixonada, agora pra mim é extremamente enjoativo.
Um mês do pós operatório.
Bom, agora que faz um mês ainda sinto dores e onde levei os pontos geralmente estão inchados (que, segundo médico, só em Dezembro que vai finalizar a cicatrização). Andar demais, levantar peso e se abaixar dá repuxadas e falta de ar.
Mas você se acostuma conforme o tempo, e logo estarei 100%.
Acho que é isso!
Beijinhos!